A orientação médica é muito importante para o tratamento do paciente, ela é passada visando a melhora ou cura completa do seu estado enfermo. Porém, algumas pessoas optam por não seguir essas orientações e assim, podem acabar prejudicando a sua saúde ainda mais.
Portanto, criei este artigo para falar sobre a recente campanha promovida pela SBACV alertando sobre a importância de seguir as orientações médicas. Leia esse conteúdo até o final e compreenda mais sobre o tema.
Qual o objetivo dessa campanha?
Para um tratamento médico ser bem-sucedido, cumprir as orientações que constam de uma prescrição é fundamental. Isso inclui seguir recomendações sobre o tipo de medicamento a ser utilizado, dosagens e intervalos. Assim como atender pedidos complementares, como seguir dietas alimentares, suspender hábitos nocivos (fumar, consumo de álcool, dormir pouco, etc.) e praticar atividades físicas. Sensibilizar a população para esses e outros pontos, é o objetivo central de campanha promovida pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Ou seja, ela busca jogar luz sobre esse tema que tem sido ignorado por pacientes e familiares.
Como ação institucional, a campanha da SBACV distribuirá aos seus médicos associados um selo holográfico para ser fixado em suas receitas. Uma forma de indicar aos pacientes o apoio à causa. Além disso, posts informativos serão veiculados nas redes oficiais da entidade para orientar a população sobre o tema. Da mesma forma, estimular profissionais da saúde a compartilharem essa mensagem.
Por quê devemos seguir as orientações médicas?
A importância de seguir a orientação médica e dos riscos envolvidos na condução inadequada do receituário, bem como os perigos da automedicação, são fatos concretos. Eles podem adiar evolução de quadros clínicos ou gerar complicações graves, como internações, sequelas ou até óbitos.
Infelizmente, alguns pacientes preferem seguir outros caminhos, indo contra o que foi decidido de forma compartilhada durante a consulta. Com isso, se colocam em risco de sofrer com reações adversas, intoxicação medicamentosa, insucesso terapêutico e até mesmo agravamento de sintomas. Sei que situações desse tipo são comuns. Portanto, quero reforçar que, para contornar esses riscos, é fundamental estabelecer um clima de confiança na relação entre médico e paciente. Logo, todas as decisões devem ser tomadas de forma clara e compartilhada após ampla exposição dos benefícios e riscos de cada medida a ser instaurada.
Prescrição médica: o que é?
A campanha da SBACV explica que a prescrição médica se trata de um documento escrito ou digitalizado, elaborado por médico. Ele contém indicações e orientações de tratamento medicamentoso, ou não. Nela, o profissional informa as seguintes questões:
- A quantidade total de medicamento;
- Dose e a duração do tratamento;
- Via de administração;
- O intervalo entre as doses;
- A dose máxima por dia;
- Entre outras questões relevantes que seguem um protocolo de segurança para a condução do caminho terapêutico escolhido.
Na prescrição também podem estar recomendações de rotinas de cuidado. Como, por exemplo, atividades físicas, ingestão de água e outros pontos que o médico considere relevantes para a melhora clínica.
Todas essas orientações são dadas pelo especialista após analisar cuidadosamente a situação apresentada pelo paciente em consultas. Além de analisar exames e ponderar de que forma é possível curar e/ou amenizar os sintomas relatados.
Como o paciente pode agir durante a consulta?
Para que a prescrição seja proveitosa, é preciso engajamento do paciente. Por isso são consideradas questões como histórico de saúde, rotina, segurança e condição financeira. Essas informações só são possíveis de serem analisadas através do diálogo durante a consulta. Trata-se de um encontro durante o qual o paciente deve aproveitar para expor as dúvidas, inseguranças e solicitar orientações do especialista.
A relação médico e paciente é única. Cabe ao profissional conversar e orientar, e se mostrar disponível para responder às dúvidas do paciente. Somente com paciência e uma audição atenta, temos chances de compreender as queixas e os melhores caminhos para cada caso.
Não abandone a orientação médica
Existem outros problemas que são abordados pela campanha da SBACV, que contribui negativamente para os tratamentos e coloca os pacientes em risco. Como o abandono das orientações ou a decisão unilateral de substituir o medicamento recomendado, alegando efeitos colaterais ou dificuldade na adaptação. Lembre-se que essas atitudes são danosas. Pois apenas o médico é capaz de avaliar esses efeitos e tomar as atitudes cabíveis em relação à condição adversa.
Nesse mesmo contexto, é comum os pacientes realizarem a troca do medicamento indicado pelo especialista por remédios similares ou genéricos. Normalmente, essa troca é feita por sugestão dos balconistas nas farmácias. Esteja alerta que a intercambialidade de medicamentos não deve ser realizada de forma trivial e essa substituição necessita da avaliação do médico prescritor. Devendo ser considerada a concentração do princípio ativo necessário para o tratamento, indicação terapêutica, via de administração, posologia e a possibilidade de variação dos remédios.
Para isso, além da escuta do especialista, o paciente precisa estar aberto a uma conversa franca e honesta. Muitas vezes, a insegurança e o medo em relação aos remédios prescritos podem ser resultado da falta de informação sobre o uso adequado. Isso tem um forte impacto no sucesso do tratamento proposto.
Em outras palavras, o paciente deve respeitar a prescrição do médico. Afinal, a mesma foi baseada no raciocínio clínico, na avaliação de possíveis comorbidades e interações de drogas já tomadas pelo paciente.
Automedicação
A iniciativa da SBACV também aborda outro aspecto que interfere muito na saúde dos pacientes. Esse aspecto é a decisão de não procurar um médico diante de sintomas e optar pela automedicação. Infelizmente, milhões de pessoas abrem mão de uma consulta e preferem iniciar tratamentos medicamentosos – seja via oral ou tópico – recomendados por familiares e amigos. Até mesmo dicas compartilhadas em redes sociais ou vídeos são usadas com essa finalidade.
Porém, o que pode parecer uma atitude simples, esconde várias possíveis complicações. Dentre elas estão:
- O mascaramento de sintomas, o que pode dificultar um posterior diagnóstico médico;
- O atraso dos efeitos de um tratamento efetivo, que, em casos extremos, pode não alcançar os resultados esperados pela perda do tempo terapêutico e;
- A intoxicação por medicamentos, que pode gerar quadros clínicos graves.
Sem contar que todo medicamento, até o mais banal, depende de que sejam observados critérios de uso. Ou seja, quando a pessoa decide por conta própria tomar esse ou aquele remédio, muitas vezes usa dosagens inadequadas.
Portanto, estou alertando os meus pacientes que o sucesso de um tratamento está associado ao seu próprio comprometimento com sua saúde. Ao seguir as orientações do médico, o profissional especializado para dar essas recomendações, você garante a sua própria segurança e uma recuperação mais tranquila. Antes de iniciar qualquer medicamento, marque uma consulta e siga as orientações que podem ajudar você a recuperar sua saúde e qualidade de vida.
Conclusão
Agora que você entendeu o objetivo dessa campanha, recomendo que você tome essas ações a partir de hoje. Se você deseja saber mais sobre o tratamento e prevenção de alguma doença vascular, entre em contato comigo para agendar uma consulta agora mesmo!
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