Saiba mais sobre a doença Cerebrovascular Extracraniana

doença Cerebrovascular Extracraniana

A insuficiência vascular cerebral é a terceira causa de óbito da população e a segunda causa de óbito entre as doenças cardiovasculares.

doença Cerebrovascular Extracraniana
Fonte: SBACV – BR

As artérias carótidas, juntamente com as artérias vertebrais, localizadas no pescoço, fornecem o fluxo sanguíneo para o cérebro. A obstrução dessas artérias causará o acidente vascular cerebral, cujo quadro clínico dependerá da localização da isquemia e do tempo de duração, podendo se manifestar com perturbações visuais, paralisias transitórias e desmaios na evolução crônica ou o derrame (acidente vascular encefálico) na evolução aguda.

Quando estes sintomas são descobertos, devem ter suas causas identificadas o mais rápido possível para iniciar o tratamento. Para isto, o médico dispõe de vários métodos, como o Eco Color Doppler, a tomografia, a ressonância magnética, a arteriografia, etc.

O tratamento poderá ser clínico ou cirúrgico, na dependência do grau de oclusão das artérias e intensidade do quadro clínico. Igualmente à arteriosclerose, a melhor conduta é a prevenção, buscando a orientação de um especialista.

Fatores de risco:

Sintomas:​

A doença aterosclerótica da carótida não causa sintomas nas fases iniciais da doença.

 Cerebrovascular Extracraniana

Na maioria das vezes, a primeira manifestação da doença é um AVC e em alguns casos, um “aviso”, ou seja, sintomas transitórios que são conhecidos como ataque isquêmico transitório (AIT). Os sintomas mais comuns de um AVC ou AIT relacionados à doença da carótida são:​

  • Sensação de fraqueza ou formigamento em um lado do corpo
  • Dificuldade para enxergar de um dos olhos
  • Desequilíbrio com dificuldade súbita para caminhar
  • Dificuldade para falar ou entender.

Normalmente esses sintomas aparecem subitamente e não podem ser ignorados, mesmo que melhorem espontaneamente em alguns minutos. Deve-se sempre buscar assistência médica imediatamente, para que o diagnóstico adequado e o tratamento sejam iniciados o mais rápido possível.

Diagnóstico:

Após uma história clínica detalhada e exame físico, o médico pode solicitar vários tipos de exames complementares para confirmar ou excluir a suspeita de doença carotídea como:

  • ​Ultrassom Doppler da artéria carótida
  • Angiorressonância magnética
  • Angiotomografia computadorizada
  • ​Angiografia digital

Cada um dos exames complementares trazem informações diferentes sobre a placa de ateroma e devem ser solicitados pelo seu médico, não necessariamente o seu médico irá solicitar todos os métodos diagnósticos, porém o uso de pelo menos dois ou mais métodos podem ajudar a tomada de decisão correta no tratamento.

Tratamento:

Depende da gravidade da doença, presença ou não de sintomas, grau de estenose e condições gerais de saúde do paciente. Há 3 possibilidades:

Tratamento clínico 

Com uso de medicações como antiagregantes plaquetários, que tem função de impedir a formação de coágulos na placa de ateroma, medicações para controle do colesterol como as estatinas; mudanças no estilo de vida como alimentação saudável, realização de atividade física e evitar fumar; controle de problemas de saúde associados como diabetes e pressão alta, conforme instruções do médico.

Cirurgia – endarterectomia

A cirurgia geralmente é feita sob anestesia geral e consiste de uma incisão no pescoço, com exposição e abertura da artéria carótida, seguida da remoção da placa de ateroma.

Procedimento minimamente invasivo

Pode ser realizado sob anestesia local ou geral. O procedimento consiste em uma punção geralmente na artéria femoral, na região da virilha, e inserção de um cateter que vai até a artéria carótida. Normalmente usa-se um filtro que serve como proteção para evitar que pequenos fragmentos subam para a circulação do cérebro. Em seguida, um stent (rede metálica em forma de tubo) é implantado na região do estreitamento da artéria carótida, aumentando o calibre do vaso e restaurando o fluxo.

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A decisão do melhor tratamento deverá ser discutida entre você, seus familiares e o seu médico. Lembre-se de tirar todas as dúvidas!

Caso seja indicado o procedimento cirúrgico ou angioplastia, você será acompanhado por uma equipe multidisciplinar desde sua internação até a alta e no pós operatório o grupo de controle de resultados clínicos entrará em contato via telefone em 1 mês, 6 meses e 1 ano pós procedimento na carótida.

Para continuar se mantendo informado, acompanhe o nosso blog.

Fonte: Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular