De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, SBACV, 70% dos brasileiros são afetados pelas varizes. Entretanto, a maior incidência é nas mulheres, levando em consideração todas as faixas etárias. Elas costumam sofrer de duas a três vezes mais do que os homens devido a alterações dos seus hormônios.
Ainda seguindo o órgão, esse problema atinge 7 a cada 10 brasileiros. Sendo um problema crônico e que piora se não for tratado corretamente. Elas podem ir desde as microvarizes até as maiores, que causam dores e outros incômodos.
A causa mais comum das varizes é a predisposição familiar. Portanto, se uma pessoa tem os pais com esse problema, ela tem 80% de chances de ter também. Continue acompanhando e saiba mais sobre o tema.
Os maiores fatores de risco de acordo com os índices nacionais
Segundo os dados nacionais, quanto mais idade uma pessoa tiver, maior a prevalência dela ter varizes. Portanto, 70% da população acima de 70 anos podem ter esse incômodo nas pernas.
Um dos maiores fatores de risco, como disse no início do texto, é a predisposição familiar. Outros pontos são:
- Ser do sexo feminino, proporção de 2,3 para 1 homem;
- Idade, sendo que quanto mais idoso maior a incidência;
- Obesidade;
- Quantidade de gestações.
As varizes que afetam as pernas são, na maioria dos casos, uma parte pequena. Além de ser uma parte da doença muito completa.
Ela é conhecida como insuficiência venosa crônica e, segundo vários estudos, em média de 20 a 33% das mulheres e de 10 a 20% dos homens vão apresentar algum tipo de grau dessa doença ao longo da vida.
Ela é uma doença crônica e evolutiva, entre 3 a 11% das pessoas com varizes podem chegar a atingir os estágios mais avançados. Nesse caso, há alterações irreversíveis para a pele, que vão desde ao escurecimento da região, ressecamento ou descamação.
Normalmente, os sintomas de dor, queimação e inchaços pioram quando a pele é afetada. Nos casos mais graves, podem haver feridas e demorar anos para cicatrizar.
Em contrapartida, há os telangectasias, que são pequenos vasos dérmicos. Geralmente, são mais fáceis de serem tratados.
Complicações das varizes
Se você sofre com as varizes, precisa procurar um profissional. Veja quais os estágios dessa doença:
- Ulcerações;
- Coágulos que podem levar a trombose venosa;
- Sangramentos;
- Pele seca, esticada, inchada ou com coceira;
- Pele fina e frágil;
- Mudanças na cor da pele;
- Infecções fúngicas e bacterianas;
- Celulite.
Brasil tem queda de 69% das cirurgias vasculares
O Sistema Único de Saúde, SUS, registrou uma queda de 69% das cirurgias vasculares durante a pandemia do Coronavírus. A SBACV, juntamente com o Ministério da Saúde, analisou os dados e alertou a população que os cuidados devem ser pensados além da estética.
Afinal, sem os devidos tratamentos, as varizes fazem uma pessoa perder a sua qualidade de vida. Especialmente as mulheres que, como já disse, são as mais afetadas.
Outro ponto importante é que as varizes podem evoluir para quadros que se tornam irreversíveis. Dependendo da rotina do paciente, esse agravamento pode ser rápido demais.
Números durante a pandemia
Há dois anos, a rede pública de sai do contabilizou 68.743 cirurgias de varizes. Esse volume inclui tratamentos cirúrgicos de varizes bilateral e unilateral, assim como as extração de veias. De acordo com os dados, em 2020, ano que a pandemia teve início, esse número caiu em 59%, registrando 28.354 operações.
Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, mesmo com os esforços para retomar as cirurgias em 2021, a quantidade de operações realizadas ainda foi baixa. Afinal, a população ainda estava se recuperando da pandemia. O volume foi de 24%, em número real de 21.604 procedimentos.
Nos últimos 10 anos, entre 2011 e 2021, o Sistema Único de Saúde realizou 552.332 operações de varizes. Com esses dados, a média anual é de 55.233 casos atendidos. Mas o resultado do ano passado foi de apenas 40% desse número.
Atendimento por estado
Os dados mostram que, dos 27 estados brasileiros, 26 diminuíram o número de cirurgia de varizes em 2021. As principais alterações foram em:
- Acre (-95%);
- Espírito Santo (-92%);
- Mato Grosso do Sul (-92%);
- Bahia (-84%);
- Paraná (-84%);
- Distrito Federal (-74%);
- Minas Gerais (-73%);
- Ceará (-70%);
- Pará (-70%);
- São Paulo (-67%).
Os outros estados variam entre 15% a 66%. Entretanto, o estado do Mato Grosso registrou um índice positivo, de 44%.
Mesmo que todas as regiões brasileiras tenham apresentado um comportamento ruim e semelhante, o Norte do Brasil teve o pior desempenho. Ele foi seguido pelo Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-oeste.
Para a SBACV, é importante que a população entenda que as varizes são um problema de saúde pública e que as consequências são individuais, bem como coletiva. Portanto, vai além de estética ou simplesmente tirar alguns vasinhos.
A baixa durante o período da pandemia foi em função dos pacientes terem receio de consultórios ou hospitais cheios. A exposição para não pegar o Coronavírus deu esse apagão para a cirurgia vascular.
De acordo com a SBACV, é necessário a promoção de campanhas para conscientizar a população sobre o problema e a importância do tratamento. Bem como os cuidados diários.
As varizes
As varizes são veias alongadas, dilatadas e tortuosas que se desenvolvem debaixo da pele, podendo ser pequena, média ou grande. Os membros inferiores, como pés, pernas e coxas são os mais afetados.
Como dito no início do artigo, as causas incluem a predisposição genética, idade, gravidez, sedentarismo e obesidade.
Quando não tratada, as varizes podem ter outras complicações. Os maiores e principais riscos são:
- Flebites;
- Tromboses;
- Manchas;
- Feridas.
Além disso, as varizes podem ter evolução para insuficiência venosa, dando da sensação de aumento de peso, cansaço, queimações, dormência e mudança de textura na pele.
Em caso de dúvidas ou percepção de algum dos sintomas citados ao longo do texto, procure um angiologista. Quanto mais cedo o tratamento de varizes fios iniciado, maiores são as chances do problema não se agravar e o paciente ter uma melhor qualidade de vida. Compartilhe essa informação com um amigo. Para se manter informado, continue acompanhando o nosso blog.