A luta da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular para proibir o cigarro eletrônico no Brasil.

cigarro eletrônico

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) empenha apoio às iniciativas que visam coibir o consumo e a venda do chamado cigarro eletrônico no País, como a nota divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). No texto, que conta com a adesão da SBACV, é defendida a manutenção das regras que proíbem a comercialização, importação e propaganda desse produto.

Conforme destaca o CFM, o posicionamento ocorre diante de mobilização por parte de alguns segmentos para liberação do cigarro eletrônico no País, tentando mudar a legislação em vigor.  No documento, diferentes segmentos são instados a lutarem contra o cigarro eletrônico.

cigarro eletrônico

Os médicos são convidados a orientarem seus pacientes e a população em geral sobre os riscos desse tipo de produto. A imprensa foi chamada a colaborar com ações de esclarecimento sobre o tema, levando ao público informações adequadas, acessíveis e de fontes confiáveis.

Por sua vez, o Governo (em todas as suas esferas) e o Congresso Nacional são alvo de três pedidos: compromisso com a manutenção da lei que trata sobre os dispositivos eletrônicos para fumar; reforço aos mecanismos de fiscalização e controle; e desenvolvimento de campanhas de esclarecimento sobre os malefícios do uso do cigarro eletrônico.

Segundo as entidades médicas, há um acúmulo de evidências que sugerem que fumar cigarros eletrônicos pode trazer riscos semelhantes ou mesmo maiores que outras formas de uso de nicotina, comprometendo a saúde de seus usuários. O texto destaca que esse tipo de dispositivo “possui altos índices de nicotina e de outras substâncias nocivas em sua composição, causa dependência química e pode levar milhões de pessoas ao adoecimento e à morte”.

O que são cigarros eletrônicos?

uso de cigarro eletrônico

Cigarros eletrônicos são dispositivos criados com o objetivo de simular a sensação de fumar um cigarro comum e eles contêm apenas a nicotina, responsável pela dependência química. O cigarro eletrônico (conhecido também como e-cigarro) não possui alcatrão e o monóxido de carbono presentes nos cigarros tradicionais, substâncias capazes de causar diversas doenças, dentre elas o câncer de pulmão e de outros órgãos, mas libera outros tipos de substâncias também tóxicas à saúde. 

Como funcionam os cigarros eletrônicos

Os cigarros eletrônicos são compostos, no geral, de uma lâmpada de LED, bateria, microprocessador, sensor, atomizador e cartucho de nicotina líquida. 

Os dispositivos funcionam a partir do aquecimento do líquido, que produz o vapor inalado pelos usuários. Além disso, é comum que esse líquido contenha outras substâncias além da nicotina, como acroleína, propilenoglicol, glicerina e aromatizantes. E vale ressaltar que essas substâncias estão presentes mesmo nos cigarros eletrônicos que não contêm nicotina.

CFM afirma: o cigarro eletrônico causa sérios danos à saúde 

O uso do cigarro eletrônico, em qualquer faixa etária, traz graves prejuízos para a saúde individual e coletiva.

Trabalhos científicos e relatos apontam inúmeros casos de pessoas que desenvolveram doenças em decorrência dessa prática.

Neste momento, ocorre mobilização por parte de alguns segmentos para liberação do cigarro eletrônico no País, tentando mudar a legislação em vigor que proíbe a comercialização, importação e propaganda desse produto.

Ciente disso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) alerta os brasileiros sobre os riscos relacionados ao uso desses dispositivos e solicita que:

  • Os médicos orientem seus pacientes e a população em geral a não utilizarem o cigarro eletrônico, alertando-os sobre os efeitos deletérios causados pelo seu uso;
  • Os meios de comunicação atuem como agentes de conscientização junto à população, levando ao público informações adequadas, acessíveis e de fontes confiáveis sobre os riscos envolvidos no consumo do cigarro eletrônico;
  • O Governo (em todas as suas esferas) e o Congresso Nacional se comprometam em manter a proibição em lei do uso dos dispositivos eletrônicos para fumar, bem como reforcem os mecanismos de fiscalização e controle e desenvolvam campanhas de esclarecimento sobre os malefícios dessa prática;
  • A população em geral colabore com a sensibilização dos usuários dos cigarros eletrônicos, orientando-os sobre a necessidade de abandonar esse hábito nocivo para a saúde.

O CFM alerta que o cigarro eletrônico possui altos índices de nicotina e de outras substâncias nocivas em sua composição, causa dependência química e pode levar milhões de pessoas ao adoecimento e à morte.

Danos do cigarro eletrônico para a circulação

De acordo com um estudo realizado pela Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, fumar cigarro eletrônico, mesmo que sem nicotina, é prejudicial à circulação sanguínea.

O estudo foi realizado com a execução de ressonância magnética em 31 pessoas que não eram fumantes. Para isso, cada participante fumou um cigarro eletrônico sem nicotina, comparando os resultados de antes e depois.

O resultado mostrou que fumar apenas uma vez o cigarro eletrônico prejudicou a circulação sanguínea. Isso contribuiu para engrossar as artérias.

Outro dado importante foi que 40% menos de oxigênio nas veias. Sendo assim, a velocidade de retorno do sangue ao coração baixou em 25,8%.

É importante refletir sobre os danos do cigarro eletrônico. Se um somente faz todo esse mal, imagine o uso contínuo?

cigarro eletrônico malefícios

Devemos ressaltar que, em muitos momentos, eles possuem a nicotina, que é uma substância altamente viciante. Ela traz malefícios como:

  • Doenças cardiovasculares como a trombose e o acidente vascular cerebral;
  • Enfermidades do aparelho respiratório, por exemplo, asma e infecções respiratórias;
  • Diversos tipos de câncer como o de pulmão, esôfago e fígado;
  • Impotência sexual no homem;
  • Infertilidade na mulher;
  • Menopausa precoce;
  • Complicações na gravidez.

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Fonte: Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular